Série, Detalhes Parte 2: O abraço

Dando continuidade a série, irei falar sobre os detalhes contidos, porém, pouco visíveis para a maioria, no ato de abraçar aquela pessoa tanto especial para nós.

O abraço

Tudo que fazemos pela primeira vez é praticamente inesquecível, e da mesma forma isso se aplica para o primeiro abraço.
Como esquecer ? Impossível, foi a partir dele que surgiu uma relação.
Já era tarde. Tarde para estarmos na piscina. Não havia mais ninguém, apenas duas pessoas naquela água fria às 7 horas da noite.
Fazendo o que ? Apenas curtindo a presença um do outro. Mas estava frio, água gelada e um ventinho que incomodava a parte do corpo fora. Qual a solução para o frio ? Um pedido. Incapaz de ser negado.
O abraço.
Naquele momento não havia consciência, havia apenas a essência. Ingenuidade, sinceridade, o sentimento. O encontro dos corpos, o toque, o calor, a troca, reciprocidade. Não me recordo a duração, mas foi uma eternidade. Nem muito, nem pouco. O necessário.
O necessário para almejar mais, algo a mais.

Como nem tudo na vida são flores há momentos em que não suportamos mais. Seja a pressão de um relacionamento, vestibular, trabalho, ou melhor dizendo, a vida. Não é ?

Se souberem me digam, mas eu não conheço nada que possa desarmar uma pessoa que passa por esses problemas ou quais quer outros do que um abraço sincero, longo e bem, bem apertado. É aquele abraço que protege, que desarma qualquer sentimento ruim, transmitindo paz e muitas vezes fazendo que algumas lágrimas escorram de nossos olhos.
Esse tipo de abraço, alivia, conforta e liberta nossa alma.

Abraços como esse não ocorrem diariamente. Particularmente só senti esse abraço uma vez em minha vida. Foi no meio de muitas pessoas, onde eu nem conhecia a pessoa que eu estava abraçando, com uma música lenta ao fundo, era um grupo. Não digo que foi o melhor, mas era exatamente o que eu precisava naquele momento. Um abraço.

P.S.: Para quem não viu ainda: Série, Detalhes Parte 1: O olhar.